Mapa não é território

E por que você precisa entender isso

Esse título se refere a uma pressuposição da PNL e, para mim, é um dos maiores entendimentos que podemos ter sobre como funcionam as diferentes perspectivas de mundo de cada pessoa. Alguma coisa acontece em nossa mente que nos faz achar que as pessoas veem os fatos como vemos, organizam a vida como organizamos e assim por diante.

Se você não tinha parado para pensar nisso até hoje, quero te dizer o seguinte: as pessoas pensam diferente de você EM RELAÇÃO A QUASE TUDO O TEMPO TODO. Ainda que nos aproximemos de pessoas pelas quais temos afinidade justamente por termos interesses aparentemente similares, nós priorizamos diversas características do mundo que as outras pessoas não. É assim sempre.

Um exemplo clássico disso vem de uma das nossas primeiras interações sociais não tão voluntárias assim: os trabalhos em grupo da escola. Quantas vezes nos deparamos com conflitos justamente por apresentarmos perspectivas diferentes sobre uma mesma situação? O mesmo acontece com a política, por exemplo. Ainda que todos os cidadãos do Brasil queiram basicamente a mesma coisa em relação a isso(serviços públicos bons, emprego e qualidade de vida, por exemplo), há inúmeras perspectivas distintas sobre essa mesma coisa.

A frase “mapa não é território” quer expressar basicamente como o ser humano interage com a realidade na qual se encontra. Em suma, ela quer dizer que nós não temos acesso à realidade dos fatos propriamente dita, mas sim a uma percepção específica dessa realidade. Nessa abordagem, o território é a realidade como de fato é, enquanto que o mapa é a representação interna que fazemos dessa realidade, ou seja, a nossa percepção criada sobre os fatos.

Por isso, nossa comunicação interpessoal é falha por tantas vezes: falamos com os outros conforme o nosso “mapa” e em desacordo com a percepção de mundo deles. Esse é o pontapé inicial para gerar ruídos na comunicação e muitos, muitos problemas de relacionamento. Nossa comunicação sempre perpassa pelo que somos e como enxergamos a realidade, de modo que a nossa fala precisa ser criteriosamente analisada – por nós mesmos – a fim de nos certificarmos de que o outro vai compreendê-la da forma que pretendemos e desejamos. Enquanto eu estava pensando sobre como escrever esse artigo, fiz algumas pesquisas e encontrei a tirinha abaixo que ilustra bem essas variáveis da comunicação:


undefined
Sabe o que me chamou atenção ali? Temos 5 personagens na história: o cliente, o líder do projeto, o analista do projeto, o programador e o consultor de negócios. Cada um deles teve uma percepção sobre a mesma realidade e, ao que nos parece, isso originou um grande problema. Quantas vezes isso não acontece com a gente quando nos relacionamos com as pessoas com quem convivemos? Casais vivem tendo divergências porque um fala uma coisa e o outro entende outra. Precisamos parar de privilegiar somente o nosso mapa e ir para o mapa do outro, tentando compreendê-lo. Eu falo um pouco disso tudo na primeira aula do meu curso de introdução à PNL para relacionamentos. Se você quiser participar, são 4 aulas e ele é totalmente gratuito. É só se inscrever aqui: http://www.eddiepaiva.com.br/introducaopnl